António
Canteiro é o vencedor da 14ª edição do Prémio Nacional de Poesia Sebastião da
Gama com a obra O silêncio solar das
manhãs.
Assinado pelo
pseudónimo “Rosa Cravo”, este livro foi considerado pelo júri, em reunião
havida ontem, como o merecedor do prémio, num conjunto de cerca de seis dezenas
de trabalhos apresentados a concurso, em virtude da sua força de imagens, do
domínio metafórico e da experiência de oficina que demonstra.
O prémio
será entregue em cerimónia pública a decorrer em Azeitão, na Sociedade
Filarmónica Perpétua Azeitonense, em 27 de Abril, altura em que será
apresentada a primeira edição da obra.
António
Canteiro é o pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz (n. 1964), de Cantanhede,
técnico superior de reinserção social, que já obteve diversos galardões
literários e é autor de O Largo da Capella (2012) e de Ao redor dos muros (2010),
tendo este último sido o vencedor do Prémio Alves Redol de 2009.
Recorde-se que o Prémio Nacional de Poesia Sebastião
da Gama foi certame criado em 1988, em Azeitão, pelas Juntas de Freguesia de S.
Lourenço e de S. Simão, e teve realização anual até 1993 (6ª edição). A partir
daí, passou a ser um concurso bienal até à sua 10ª edição, tendo, depois
sofrido interrupção. O certame foi retomado em 2007 (11ª edição).
O primeiro trabalho vencedor deste Prémio, em 1988,
foi a obra Água das Pedras, assinado
pelo pseudónimo Maria Helena Salgado, correspondendo à autora Maria do Rosário
Pedreira, escritora e editora reconhecida. Este trabalho mereceu publicação no
ano seguinte (Setúbal: Folha d’Hera). Outros vencedores das várias edições
deste Prémio foram Hugo Santos (1989 e 1991), Maria Graciete Besse (1992),
Graça Pires (1993), João Carlos Lopes Pereira (1995), Alberto Marques (1997), Firmino
Mendes (1999), António Menano (2001), Amadeu Baptista (2007), José Carlos
Barros (1990 e 2009) e Paulo Assim (2011).
Bom dia. Muitos parabéns ao vencedor. Em relação ao júri do prémio, que, já agora, gostaria de saber a sua composição, uma vez que não consta no regulamento, tenho a lamentar que não premeiem novos e possíveis valores da literatura. Sei que é prestigiante para o prémio e para a respectiva organização atribuir galardões a quem já tem reconhecimento na área, com distinções e obra publicada. Bem, mas como "Pelo Sonho é Que Vamos", vou continuar a tentar.
ResponderEliminarOs meus sinceros Parabéns ao Poeta António Canteiro!
ResponderEliminarCaro(a) "sm",
ResponderEliminarA seu tempo será divulgada a composição do júri, que não é secreto. Quanto à observação que faz de não serem premiados "novos e possíveis valores da literatura", é uma questão que ultrapassa o júri, porquanto não é do seu conhecimento quem são os concorrentes; o júri apenas conhece a quem corresponde o pseudónimo do trabalho vencedor após a escolha desse mesmo trabalho, como exige o regulamento. Depois disto, nem sabe quem são os outros concorrentes, apenas conhecerá outros pseudónimos, pois não se procede a essas correspondências. Qualquer bom trabalho prestigia o Prémio! Cumprimentos.
As menções honrosas são secretas?
ResponderEliminarCaro(a) Anónimo(a) [e "secreto(a)"],
ResponderEliminarMuito embora o regulamento desse a possibilidade ao júri de indicar até duas menções honrosas, não houve a utilização de tal direito por parte do júri. Apenas existiu a indicação do trabalho premiado. Quanto ao adjectivo "secretas" escolhido...