A última obra de Artur Vaz, nosso associado, foi apresentada publicamente no final de Janeiro, no Montijo, biografando um nabantino que, em 1896, quando tinha 10 anos, passou a viver na então Aldegalega do Ribatejo, designação que antecedeu a da cidade do Montijo – falo do livro Álvaro Valente – O homem e a obra (Montijo: Câmara Municipal do Montijo, 2010).
Num percurso de quase duas centenas de páginas (em que 70 são preenchidas com anexos, resultantes da pesquisa efectuada por Artur Vaz), a biografia de Álvaro Valente (1886-1965) passa, também documentada em muitas fotografias, delineada em quatro etapas – “O Apóstolo” (traçando o itinerário desta personalidade em termos familiares e como republicano, ligado ao movimento associativo e à corporação de bombeiros), “Soldado da paz” (reconhecendo o seu papel na organização dos bombeiros, quer a nível local, quer nacional, com intervenções públicas sucessivas e aparecendo ligado a três momentos altos da sua história – a criação dos Bombeiros Voluntários do Montijo, o nascimento da Liga dos Bombeiros e a autoria do lema “Vida por vida”, que ainda hoje anima as corporações dos soldados da paz), “Maçon” (evocando a passagem de Álvaro Valente, com o nome de Dante, pela organização maçónica, na loja montijense “Virtude” e na Junta Local do Livre Pensamento de Aldegalega) e “Escritor” (dando conta do contributo do biografado para os estudos locais, para a imprensa regional e para a literatura e revelando alguns dos seus textos ainda inéditos).
A leitura desta obra torna-se interessante pelo cruzamento que o autor vai fazendo com os escritos do biografado, importante fonte das suas informações, e com uma caracterização das épocas e dos ambientes que Álvaro Valente frequentou e em que interveio, para o que Artur Vaz se socorreu de uma pesquisa exaustiva.
A título de curiosidade, dois espaços de escrita houve em que o nome de Álvaro Valente se cruzou com o de Sebastião da Gama, ambos ancorados na imprensa montijense – refiro-me aos periódicos Gazeta do Sul e A Província, em que ambos os autores colaboraram: no primeiro, publicou Sebastião da Gama textos poéticos em 21 edições, no período entre 1940 e 1943, usando o pseudónimo de Zé d'Anicha, facto que Artur Vaz menciona, ainda que só referindo a publicação de quadras, que abrangeu nove números do jornal; no segundo, em 1949, ano de aparecimento do semanário, publicou Sebastião da Gama quatro textos, sendo duas colaborações com poesia e duas com texto ensaístico. - JRR
Num percurso de quase duas centenas de páginas (em que 70 são preenchidas com anexos, resultantes da pesquisa efectuada por Artur Vaz), a biografia de Álvaro Valente (1886-1965) passa, também documentada em muitas fotografias, delineada em quatro etapas – “O Apóstolo” (traçando o itinerário desta personalidade em termos familiares e como republicano, ligado ao movimento associativo e à corporação de bombeiros), “Soldado da paz” (reconhecendo o seu papel na organização dos bombeiros, quer a nível local, quer nacional, com intervenções públicas sucessivas e aparecendo ligado a três momentos altos da sua história – a criação dos Bombeiros Voluntários do Montijo, o nascimento da Liga dos Bombeiros e a autoria do lema “Vida por vida”, que ainda hoje anima as corporações dos soldados da paz), “Maçon” (evocando a passagem de Álvaro Valente, com o nome de Dante, pela organização maçónica, na loja montijense “Virtude” e na Junta Local do Livre Pensamento de Aldegalega) e “Escritor” (dando conta do contributo do biografado para os estudos locais, para a imprensa regional e para a literatura e revelando alguns dos seus textos ainda inéditos).
A leitura desta obra torna-se interessante pelo cruzamento que o autor vai fazendo com os escritos do biografado, importante fonte das suas informações, e com uma caracterização das épocas e dos ambientes que Álvaro Valente frequentou e em que interveio, para o que Artur Vaz se socorreu de uma pesquisa exaustiva.
A título de curiosidade, dois espaços de escrita houve em que o nome de Álvaro Valente se cruzou com o de Sebastião da Gama, ambos ancorados na imprensa montijense – refiro-me aos periódicos Gazeta do Sul e A Província, em que ambos os autores colaboraram: no primeiro, publicou Sebastião da Gama textos poéticos em 21 edições, no período entre 1940 e 1943, usando o pseudónimo de Zé d'Anicha, facto que Artur Vaz menciona, ainda que só referindo a publicação de quadras, que abrangeu nove números do jornal; no segundo, em 1949, ano de aparecimento do semanário, publicou Sebastião da Gama quatro textos, sendo duas colaborações com poesia e duas com texto ensaístico. - JRR
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