A editora Sette Città reproduz no seu site a seguinte informação a propósito da obra Frammenti di Diário, tradução italiana de excertos do Diário de Sebastião da Gama a cargo de Maria Antonietta Rossi:
«Questo volume presenta al lettore, attraverso un’edizione critico-genetica condotta sul manoscritto autografo, le parti più interessanti dal punto di vista didattico e linguistico del Diário di tirocinio del poeta Sebastião da Gama: raccolta di appunti in cui l’autore racconta la propria esperienza di insegnante di portoghese presso l’istituto commerciale “Veiga Beirão” di Lisbona fra il 1949 e il 1950.
Sebastião da Gama imposta la sua pratica di insegnamento seguendo le teorie del pedagogo italiano Giuseppe Lombardo Radice (1879-1938), del quale il poeta lusitano consulta e apprezza la traduzione in spagnolo del testo Lezioni di didattica e ricordi di esperienza magistrale. Intento di questo volume è anche quello di presentare una versione nella nostra lingua dei testi selezionati del Diário al fine di divulgare le innovative strategie didattiche che Sebastião da Gama sperimenta durante la sua attività di tirocinio.»
Insisto no final: “textos seleccionados do Diário a fim de divulgar a estratégias didácticas inovadoras que Sebastião da Gama experimentou durante a sua actividade de estágio”. A observação serve para valorizar o Diário, é certo, e para chamar a atenção sobre ele, sobre a necessidade de o ler e de o levar para a escola e para a sociedade.
Esta tradução foi apresentada publicamente em 13 de Abril, em Viterbo. A agência LUSA produziu notícia a propósito. Quantos órgãos de comunicação em Portugal falaram do evento? Quantos? Tirando os regionais – de Setúbal – nada me consta. Nem sequer na chamada imprensa cultural, imagine-se!, sempre tão atenta ao que vem de fora!... Chegasse cá um pedagogo qualquer a dizer umas coisas vestidas de novo, oriundo de um desses países que a gente anda sempre a tentar imitar e encheria primeiras páginas e daria entrevistas e seria apontado como modelo… Lamentável!
Se não é de propósito que este silêncio acontece – e acredito que não seja, porque não há nenhuma razão para isso –, é por coisa bem pior: uma cultura de imitação e de desvalorização da nossa identidade! - JRR
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