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Memória: António Ramos Rosa (1924-2013)



Com quase 90 anos e uma intensa vida cultural, um dos expoentes da poesia portuguesa do século XX partiu e deixou-nos a sua obra. Para ser lida e lembrada.
Em 1952, aquando da morte de Sebastião da Gama, a revista Árvore, que se publicava em Lisboa, dedicou o seu segundo número ao poeta de Azeitão. Na página 94, António Ramos Rosa escreveu o texto "À memória de um poeta", desta forma homenageando Sebastião da Gama, página que aqui se reproduz:


Comentários

  1. VÃO DESAPARECENDO
    A POESIA FICA A SORRIR
    A POESIA RELAMPEJA
    A POESIA ESCORRE SUMO DE VIDA
    E RESSUMA LAMPEJOS
    COMO O DIAMANTES FACETADOS
    RESSUMBRA ARDÊNCIAS
    COMO A MULHER A PARIR VIDAS

    adeus,amigo!



    danieel nobre mendes

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. lindo, lindo-- pequeno poema cheio de sentido, comovente.

      ramos rosa pariu vida sem ser mulher e dnm di-lo no seu estilo ,sem reservas...


      acácia rosado e manuela rebelo--- setúbal

      Eliminar

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