O recorte que se apresenta já tem mais tempo do que, na altura da sua escrita, tinha a efeméride que ele evocava. Passavam os 25 anos da morte de Sebastião da Gama; estava-se, portanto, em 1977. A partir de Quinta do Anjo, António Matos Fortuna, historiador, interessado pela cultura local e regional, apreciador de poesia (e, por vezes, poeta na forma de viver), escrevia sobre a efeméride para o jornal O Dia. O artigo saiu na edição de 8 de Fevereiro desse ano.
Uns meses antes de falecer, Matos Fortuna (1930-2008) entregou-me o recortezinho, dizendo para o trazer, porque me faria mais jeito a mim, que andava a estudar o Sebastião da Gama e que estava a colaborar na Associação Cultural Sebastião da Gama.
Relembro hoje este artigo, ao mesmo tempo que recordo António Matos Fortuna, que, há 33 anos, mais dia menos dia, afirmava que “a espontaneidade e franqueza de Sebastião da Gama não se prendiam [com] jogos florais”, interpretando que, no momento em que o poeta disse ter muito que amar, mais do que ter muito que fazer, estava a manifestar a sua “resposta de poeta, de Homem, de cristão, de educador”.
Este artigo tem as marcas do tempo, claro. Mas contém também alguns dos valores que alicerçam a obra de Sebastião da Gama e que se mantêm inalteráveis. - JRR
Uns meses antes de falecer, Matos Fortuna (1930-2008) entregou-me o recortezinho, dizendo para o trazer, porque me faria mais jeito a mim, que andava a estudar o Sebastião da Gama e que estava a colaborar na Associação Cultural Sebastião da Gama.
Relembro hoje este artigo, ao mesmo tempo que recordo António Matos Fortuna, que, há 33 anos, mais dia menos dia, afirmava que “a espontaneidade e franqueza de Sebastião da Gama não se prendiam [com] jogos florais”, interpretando que, no momento em que o poeta disse ter muito que amar, mais do que ter muito que fazer, estava a manifestar a sua “resposta de poeta, de Homem, de cristão, de educador”.
Este artigo tem as marcas do tempo, claro. Mas contém também alguns dos valores que alicerçam a obra de Sebastião da Gama e que se mantêm inalteráveis. - JRR
Gostei de ler o artigo,mesmo que datado. Tem muito daquilo que mais admiro em Sebastião da Gama em termos de personalidade. Soube transformar o sofrimento, a proximidade da morte( que ele só em momentos raros de esperança, julgaria distante)em hinos de amor, de bondade, diria mesmo de solidariedade e também de força e constante espanto diário com tudo o que de nobre e inteligente tem a humanidade.E concretizar. realizar nobremente o que pensava. A poesia é outra coisa onde o poeta pode, contudo, ser sempre um fingidor.
ResponderEliminarAnita
Ia escrever algo sobre a proximidade que sinto deste seu modo de ser professor, mas, querem saber?
ResponderEliminarFiquei sem palavras!
MCT