Em 28 de Fevereiro de 1923, nascia em Azeitão Joana Luísa, que viria a ser a amiga, a companheira e a mulher de Sebastião da Gama. Passam agora 87 anos de uma vida que, em parte, foi dedicada à obra do poeta, preservando-a e dando-a a conhecer, disponibilizando-a para estudo. Uma vida que tem passado também por gestos de voluntariado e por esse acto simpático que tem sido acompanhar aquilo que sobre o poeta vai sendo feito.
Podemos evocar aqui dois momentos de simpatia e carinho que Sebastião da Gama teve com Joana Luísa em dias de seu aniversário. Um, em 1944, quando no 28 de Fevereiro desse ano lhe ofereceu um exemplar da antologia Poesias Selectas de Frei Agostinho da Cruz, organizada por Augusto Pires de Lima (Col. “Portugal”. Porto: Domingos Barreira Editor, 1941) e, no final, lhe grafou longa dedicatória em duas páginas: “… E por saber, Joana Luísa, que são flores da Arrábida os melhores parabéns que poderia dar-te, aqui te deixo este ramo delas, a perfumar-te o caminho; a mostrar-te que a Vida é bela, quando por ela passa brandamente aquela humildade que, longe de abaixar os olhos, os faz erguer. E que lindos te irão correr os dias deste novo ano, com o ritmo dos versos do Poeta-Santo a regular-te as pancadas do coração, o imagina o muito amigo Sebastião Artur no dia 28 de Fevereiro de 1944.”
O outro gesto de Sebastião da Gama foi expresso numa carta, poucas horas antes do aniversário de Joana Luísa, em 1946, ao escrever-lhe da Arrábida: “Meu Amor, Antes de mais nada, deixa-me dizer-te uma coisa: o facto de eu ter-te mandado folhado lá por duas vezes não quer dizer que haja muito aberto: esse último ramo colhi-o na única árvore que tinha flores abertas e a pobrezinha para nos ser amável, ficou sem uma única filha. Hoje só pude sair ao lusco-fusco e vi uma árvore cheiinha: mas num sítio tão levado da breca, que naturalmente só um milagre de Amor me fará ser capaz de lhe pôr as mãos. Na Serra, minha querida, o único folhado até agora colhido foi o que te mandei e dois pequeninos ramos que perfumaram o meu quarto. Para o dia dos nossos anos, como provavelmente não estarei cá na véspera, pedi à minha Mãe que mandasse colher a haver algum e o fizesse chegar às tuas mãos. E já agora aproveito para te dizer que o folhado chega em tempo incerto: é Poeta; ora aparece em Janeiro, ora em Março, ora em Fevereiro como este ano.”
A fotografia que se reproduz data de 1947 e foi captada no dia 28 de Fevereiro. Era o dia de anos de Joana Luísa e Sebastião da Gama não faltou ao encontro.
Parabéns, Joana Luísa! - JRR
Podemos evocar aqui dois momentos de simpatia e carinho que Sebastião da Gama teve com Joana Luísa em dias de seu aniversário. Um, em 1944, quando no 28 de Fevereiro desse ano lhe ofereceu um exemplar da antologia Poesias Selectas de Frei Agostinho da Cruz, organizada por Augusto Pires de Lima (Col. “Portugal”. Porto: Domingos Barreira Editor, 1941) e, no final, lhe grafou longa dedicatória em duas páginas: “… E por saber, Joana Luísa, que são flores da Arrábida os melhores parabéns que poderia dar-te, aqui te deixo este ramo delas, a perfumar-te o caminho; a mostrar-te que a Vida é bela, quando por ela passa brandamente aquela humildade que, longe de abaixar os olhos, os faz erguer. E que lindos te irão correr os dias deste novo ano, com o ritmo dos versos do Poeta-Santo a regular-te as pancadas do coração, o imagina o muito amigo Sebastião Artur no dia 28 de Fevereiro de 1944.”
O outro gesto de Sebastião da Gama foi expresso numa carta, poucas horas antes do aniversário de Joana Luísa, em 1946, ao escrever-lhe da Arrábida: “Meu Amor, Antes de mais nada, deixa-me dizer-te uma coisa: o facto de eu ter-te mandado folhado lá por duas vezes não quer dizer que haja muito aberto: esse último ramo colhi-o na única árvore que tinha flores abertas e a pobrezinha para nos ser amável, ficou sem uma única filha. Hoje só pude sair ao lusco-fusco e vi uma árvore cheiinha: mas num sítio tão levado da breca, que naturalmente só um milagre de Amor me fará ser capaz de lhe pôr as mãos. Na Serra, minha querida, o único folhado até agora colhido foi o que te mandei e dois pequeninos ramos que perfumaram o meu quarto. Para o dia dos nossos anos, como provavelmente não estarei cá na véspera, pedi à minha Mãe que mandasse colher a haver algum e o fizesse chegar às tuas mãos. E já agora aproveito para te dizer que o folhado chega em tempo incerto: é Poeta; ora aparece em Janeiro, ora em Março, ora em Fevereiro como este ano.”
A fotografia que se reproduz data de 1947 e foi captada no dia 28 de Fevereiro. Era o dia de anos de Joana Luísa e Sebastião da Gama não faltou ao encontro.
Parabéns, Joana Luísa! - JRR
Parabéns por este dia e obrigada pela dedicação à obra do Sebastião que mal conheceríamos não fosse essse seu amor por ele e por tudo o que ele fez.
ResponderEliminarCom a minha sincera admiração e amizade,
MCT
Muitos parabéns coroados com as eternas «flores da Arrábida»!...
ResponderEliminarMªdo Céu Couto
Em primeiro lugar quero enviar-lhe um beijinho de parabéns não só em meu nome, mas também em nome de todos os que constituem o Coral Infantil de Setúbal. Aproveito para lhe dizer quanto nos sensibilizou a sua carta de apoio ao nosso projecto e quanto o seu apoio é importante para nós. Ficamos, entretanto, na expectativa de nos virmos a conhecer pessoalmente, o que será um privilégio e uma alegria para todos nós.
ResponderEliminarAgradecemos os 30 beijos e enviamos 87, com muito carinho.
Isabel Mendes
Parabéns, nesta data, a Joana Luísa, a mulher que alimentou com a sua própria vida, não só a memória, mas sobretudo a vida poética de Sebastião da Gama.
ResponderEliminarParabéns, pelas suas 87 Primaveras.´
ResponderEliminarOrgulho-me de ser azeitonense e de a conhecer pessoalmente, embora a senhora não me conheça.
Graças a si, a obra do GRANDE POETA "Sebastião da Gama", foi divulgada.
Parabéns, Joana Luísa!
ResponderEliminarSer mulher e depois viúva de alguém como Sebastião da Gama é uma responsabilidade que soube arcar com uma total dedicação e amor.
Grata também eu.
Anita
Joana Luísa, tive o privilégio de conhecer a Senhora há uns anos, num colóquio sobre Sebastião da Gama, graças ao amigo João Ribeiro. Parabéns por mais um aniversário e pela contribuição para a divulgação da obra do poeta da Arrábida. Pelo sonho é que vamos!
ResponderEliminarUm grande beijinho.
José Albino Pereira
Parabéns pelo seu extraordinário exemplo de amor
ResponderEliminarDona Joana Luisa
ResponderEliminarFico muito feliz por esta oportunidade que tenho de lhe enviar um forte abraço de admiração e carinho. Embora o destino lhe tenha levado tão cedo o seu grande amor, é lindo o caminho que continuaram ambos percorrendo. A ausência da presença física do nosso tão querido poeta, não impediu que a Senhora continuasse a sua caminhada de forma sempre generosa e dedicada, levando palavras de esperança a tantos que precisam de uma palavra de conforto.
Muito obrigado também pela partilha dessas relíquias que poderiam ter continuado a ser apenas suas, mas que, graças à sua generosidade, nos vai permitindo conhecer melhor esse Homem generoso, um ser humano único que foi Sebastião da Gama. Se Deus a colocou no caminho de alguém assim tão extraordinário é porque também a Senhora o é.
Um beijinho de parabéns e que Deus permita continuarmos a tê-la entre nós por muitos mais anos.
Com um abraço da amiga
Alexandrina Pereira deixo-lhe um breve poema dedicado a Sebastião da Gama:
Nasceu em cada verso
(ainda bem que nasceu !)
cada Poema
é um hálito de rosas...
Hora de paz bendita
enquanto a Serra e o Céu
matizam a paisagem
de uma beleza infinita.
E quando o Poeta escreveu:
“Quando nasci, não houve nada de novo
senão eu.”
Foi extrema a sua humildade
Tão humilde que nem se apercebeu
que no dia em que nasceu
uniram-se a Terra e o Céu
num abraço de bondade.
Querida Senhora Dª Joana Luísa,
ResponderEliminarTive o grato prazer de a conhecer no ano passado (por intermédio do Professor João R. Ribeiro), o que foi/é, para mim, um privilégio e uma experiência deveras gratificante, assim como o facto de termos conversado um par de vezes, em que me auxiliou num trabalho académico. Obrigada uma vez mais por ter partilhado estórias tão bonitas!
Envio-lhe os meus sinceros Parabéns, pela bonita idade e, claro, como não poderia deixar de ser, por tudo o que tem feito para dar a conhecer e perpetuar a memória do Poeta da Arrábida, o Grande Sebastião da Gama!
Bem haja Dª Joana Luísa!
Carinhosamente
Cristina Mesquita
Dona Joana Luísa,
ResponderEliminarChego tarde mas não queria deixar de a felicitar e lhe enviar um abraço de admiração e ternura. Tive o enorme privilégio de a conhecer, em finais de Maio 2009, numa tarde solarenga e quente, em Azeitão. Esse foi o ponto mais alto da minha visita ao Museu de Sebastião da Gama. Fui tocada pela sua simplicidade e pela forma como falava do homem e poeta que está ainda tão presente em si. As suas palavras, embebidas em amor, saudade e veneração, aproximaram-me mais ainda do extraordinário escritor que tanto influenciou a minha carreira de docente e a minha alma de poetisa. Tenho trazido comigo esta memória de um encontro que me preencheu tanto e jamais esquecerei. Bem-haja!
Com muita admiração e carinho,
Julieta Ferreira
SENHORA: D.JOANA LUÍSA DA GAMA.
ResponderEliminarEu Luís Bento. tive o enorme privilégio de a conhecer, quando era internato no Colégio de Carcavelos da Santa Casa da Mesericórdia de Lisboa , hoje Lar de S.Francisco de Assis. Ando á muitíssimo tempo haver se encontro ,pois ando cheio de saudades suas ,você foi para mim uma Senhora muito amorosa e ternurenta e também para com todas as crianças que estavam a seu cargo ,quando a Senhora era a Directora do Colégio em Carcavelos. QUE DEUS ABENÇOE MUITO MINHA GRANDE MÃE.
MINHA QUERIDA Joana Luísa que saudade! obrigada pelos chocolates que me deu quando eu tinha sete anos, no café do cais de Cacilhas já não se lembra! pois quem dá esquece, e também, foi á 57 anos!. Foi à doçura desse chocolate que associei a sua imagem e caminhei na minha vida. Só hoje soube que partiu em direção á Luz e quando lá chegar, continue a enviar mensagens DOCES para a toda humanidade.
ResponderEliminar