O recorte faz apresentação breve da obra Papel a mais - Papéis de um Livreiro com inéditos de escritores, assinada por Resendes Ventura, pseudónimo literário de Manuel Medeiros, nosso associado, livreiro na Culsete (em Setúbal), dinamizador da leitura, poeta. Editado no final de 2009 (Lisboa: Esfera do Caos), o livro mereceu o comentário que se mostra no artigo "Fragmentos da Humanidade", incluído na selecção de livros para as férias, assinada por João Morales na revista Os Meus Livros (nº 89, Julho. 2010, pg. 47).
Refira-se que esta obra reúne alguns textos em que Sebastião da Gama é motivo, tais como: "Evocação de Sebastião da Gama, pedagogo", de Maria de Lourdes Belchior (pp. 191-194), ou "Testemunho sobre Sebastião da Gama", de Fausto Lopo de Carvalho (pp. 195-197) ,ou "Sebastião, a que é que sabe a vida?", de Matilde Rosa Araújo (pp. 201-209), ou "De repente vemo-nos velhos - Resposta do Mané Botas a Sebastião da Gama", de Resendes Ventura (pp. 285-289). E ainda: uma carta de Sebastião da Gama a Manuel Botas (seu aluno, de Setúbal), datada de 17 de Fevereiro de 1949 (pp. 199-200). E temos ainda o desabafo na primeira parte do livro: "Muito gostaria de ter podido fazer mais pelos valores setubalenses. Por maneira de pensar, por dever cívico, por sensibilidade. Que prazer foi chegar a Ponta Delgada, agora em 2003, e ver, bem no centro da cidade, a estátua do setubalense Silvestre Serrão! O que me custa não ver na Avenida Luísa Todi, onde residiu e trabalhou no primeiro dos seus breves mas tão marcantes anos de professor, uma estátua a Sebastião da Gama!..." (pg. 56).
Aqui está um livro autobiográfico, com ensaio e poemas à mistura, com escritas de várias mãos, mostrando um percurso de opção pelo livro e pela intervenção cultural e cívica. - JRR
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