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"Os Duques de Quibir" cantam "Pequeno poema"


“Pequeno Poema” é um dos mais conhecidos textos de Sebastião da Gama, datado de 7 de Maio de 1945, incluído no seu primeiro livro, Serra Mãe (1945).
Em vida do poeta, “Pequeno poema” teve mais duas publicações: na revista Aqui e Além (Lisboa: nº 3, Dezembro.1945, pg. 14) e no compêndio escolar organizado por Virgílio Couto para o ensino técnico Leituras II (Lisboa: Livraria Didáctica, 1949?, pg. 74). Virgílio Couto, à data professor metodólogo a orientar o estágio de Sebastião da Gama na Escola Veiga Beirão, deu uma prova de reconhecimento ao poeta publicando este seu poema num livro escolar.
Este mesmo texto foi já objecto de outros tratamentos musicais. A versão que aqui se apresenta, recolhida no You Tube, foi inserida no álbum Momentos… do grupo "Os Duques de Quibir", de 1989, musicada por Quim Cruz e Vadinho.

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"Pequeno poema" ( Aqui e além . Dir: José Ribeiro dos Santos e Mário Neves. Lisboa: nº 3, Dezembro.1945, pg. 14) O dia do nascimento quis perpetuá-lo Sebastião da Gama num dos seus textos poéticos. E assim surgiu “Pequeno Poema”, escrito em 7 de Maio de 1945 e, em Dezembro desse ano, publicado no terceiro número da revista Aqui e além e no seu primeiro livro, Serra Mãe , cuja primeira edição data também desse Dezembro. De tal forma a sua mensagem é forte, seja pela imagem da mãe, seja pela alegria de viver, que este texto aparece não raro nas antologias poéticas, temáticas ou não, como se pode ilustrar através dos seguintes exemplos: Leituras II [Virgílio Couto (org.). Lisboa: Livraria Didáctica, 1948?, pg. 74 (com o título “Quando eu nasci”)], Ser Mãe [Paula Mateus (sel.). Pássaro de Fogo Editora, 2006, pg. 45], A mãe na poesia portuguesa [Albano Martins (sel.). Lisboa: Público, 2006, pg. 310]. (JRR)
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O primeiro livro de Sebastião da Gama foi Serra-Mãi (assim mesmo escrito), saído a público em Dezembro de 1945, com desenho de capa de Lino António, obra que muito cuidou e para a qual levou a preceito a selecção dos seus poemas. Nesta altura, Sebastião da Gama, com 21 anos, era ainda estudante no curso de Românicas, na Faculdade de Letras de Lisboa. Tivera uma hipótese de a Livraria Portugália lhe editar o livro, mas, a 24 de Outubro, era-lhe dirigida uma carta, dizando que, naquele momento, não interessavam à editora “as publicações não integradas no plano” editorial, porque havia encargos com cerca de uma centena de originais, já pagos a autores e tradutores, e não havia como “dar vazão” a esse trabalho. A família de Sebastião da Gama assumiu, então, os encargos financeiros advenientes da edição e o livro foi publicado com a chancela da Portugália, enquanto distribuidora. Com obra, dedicada a Alexandre Cardoso, seu tio, assumia o risco de vir a ser o “poeta da Arrábida”, elegendo a