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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2010

Dos associados (4) - António Osório - e de outros

Quatro leitores ligados à poesia – por serem poetas ou por terem escrito sobre poesia – estão juntos na organização de uma antologia da poesia portuguesa publicada em 2009. São eles José Alberto Oliveira, José Tolentino Mendonça, Luís Miguel Queirós e Manuel de Freitas. A ideia surgiu com o patrocínio da FNAC, albergando mais de centena e meia de páginas, sob o título Resumo – A poesia em 2009 (Lisboa: Assírio & Alvim, 2010), por aqui passando 35 poetas portugueses contemporâneos com 115 poemas. Que critérios? Uma nota de entrada esclarece: “O presente volume, a que desejavelmente se dará seguimento nos próximos anos, pretende ser uma antologia dos melhores poemas publicados em Portugal ao longo de 2009”. A escolha restringiu-se ao que foi publicado em suporte livro ou revista e é apenas “o simples somatório das preferências de quatro leitores”, sendo que, no índice, é indicado quem seleccionou o quê. Parte significativa dos textos é oriunda de publicações periódicas como Criatura

Um cd para Sebastião da Gama

“Meu caminho é por mim fora” é o primeiro verso do poema “Itinerário”, de Sebastião da Gama. É um verso lindo de viagem introspectiva, de caminhada poética, de percurso arrábido. É um verso que se encontra com essa ideia do traçar o próprio caminho que José Régio também poetou. É um verso que resume uma obra. Foi por todas estas razões que esse foi o verso escolhido para dar título ao cd que a Associação Cultural Sebastião da Gama vai editar, com apresentação pública prevista para Maio. É, aliás, esta a resposta à adivinha lançada neste blogue num dos idos do mês de Fevereiro – o que reúne nomes como Rui Serodio, Célia David, Fernando Guerreiro, José Nobre, Maria Barroso e Maria Clementina é o facto de das suas vontades e colaborações ter resultado este cd. Rui Serodio compôs a música e todos os outros deram as vozes. Maria Barroso foi colega de curso e amiga de Sebastião da Gama; as outras quatro vozes têm dito muita poesia e têm mais uma característica comum – todas passaram pelo TAS

Associação é notícia em "O Setubalense"

O Setubalense : 24.Março.2010

O 10 de Abril está próximo...

Hoje é o Dia Mundial da Poesia

Para este Dia Mundial da Poesia, António Osório escreveu a mensagem que se reproduz, divulgada pela Sociedade Portuguesa de Autores. Vale a pena lê-la, olhando o mundo em que estamos. E vale também a pena dizer que António Osório é nosso associado e que Rilke, o autor que António Osório cita, era uma das fontes de poesia que Sebastião da Gama lia e recomendava, justamente o título Cartas a um jovem poeta . Pela mão de Sebastião da Gama, vários poetas portugueses chegaram a Rilke, designadamente David Mourão-Ferreira... - JRR 'A poesia é ainda possível'? Montale, no discurso em que recebeu o Prémio Nobel de 1975, interroga-se sobre o papel que pode ter 'a mais discreta das artes', num tempo em que 'o homem civilizado chegou ao ponto de ter horror de si próprio'. Montale deixou-nos uma palavra de esperança – para a poesia 'que surge quase por milagre e parece condensar toda uma época', 'para essa poesia não há morte possível…'. Mais de 30 anos pass

A Associação reuniu-se com a Câmara de Setúbal e com a Junta de Freguesia de S. Lourenço

A Câmara Municipal de Setúbal está a fazer o périplo das freguesias sob o lema “Ouvir a população, construir o futuro”, encontrando-se em visita e reuniões em Azeitão. Na noite de ontem, a autarquia promoveu uma reunião com a Direcção da Associação Cultural Sebastião da Gama, na sede da Junta de Freguesia de S. Lourenço (Azeitão). Estiveram presentes, por parte da Câmara Municipal, a Presidente, Maria das Dores Meira, e os vereadores André Martins, Carlos Rabaçal, Carla Guerreiro e Rui Higino, além de alguns técnicos da área sócio-cultural; a Junta de Freguesia de São Lourenço esteve representada pela sua Presidente, Celestina Neves, e por David Marques; em nome da nossa Associação estiveram o Presidente da Direcção, João Reis Ribeiro, e Nicolau da Claudina. Esta reunião serviu para apresentar as nossas intenções para este ano: continuação da digitalização do espólio de Sebastião da Gama; promoção de sessões de divulgação sobre a obra e a vida de Sebastião da Gama em escolas ou outras

Dos associados (3) - José Raposo

O Setubalense : 10.Março.2010. O nosso associado José Alberto Carmo Raposo é o autor da letra da "Grande Marcha de Lisboa" para 2010, a que foi dado o título de "Lisboa Menina". Detentor de vários prémios em concursos de poesia, José Raposo (como assina a sua produção literária) é natural de Santiago do Cacém, onde nasceu am 1947. Vive em Setúbal desde 1972, depois de a vida o ter levado a Beja, Coimbra, Lisboa e Angola. Junto ao Sado exerceu a profissão de técnico de farmácia até há bem pouco tempo. Há quatro anos, teve publicado o seu primeiro livro de poesia - Afectos e cumplicidades (Setúbal: ed. Autor, 2006) - em cujo prefácio escreveu Luís Graça: "O poeta que mora nestes versos tem a transcendência das coisas simples. Verseja na linha alentejana das saias, mas sem a preocupação da rima obrigatória, todavia certeira e certinha, como se fora um bordado." Aqui se reproduz o excerto do jornal O Setubalense de hoje, que dá a notícia. Aqui felicitamos a

A paisagem que Sebastião da Gama cantou entre as "Maravilhas Naturais"

A paisagem que Sebastião da Gama enalteceu na sua poesia – as faces da Arrábida, a sua “serra-mãe” – está entre as finalistas para o concurso das “Sete Maravilhas Naturais de Portugal”, ontem divulgadas. Sebastião da Gama contemplando a Arrábida, com o Portinho ao fundo (Maio de 1943) No princípio, eram 323; passaram, depois, a 77; agora, são 21; a partir de Setembro, serão 7. O concurso iniciou-se com 323 candidaturas, de que um júri escolheu 77 e, depois de uma escolha monitorizada, ficou reduzido a 21 opções, a partir de agora à espera dos votos portugueses até que, em Setembro, sejam reveladas as maravilhas eleitas. As paisagens finalistas estão agrupadas em sete núcleos: “Florestas e matas”, “Grandes Relevos”, “Grutas e Cavernas”, “Praias e Falésias”, “Zonas Marinhas”, “Zonas não Marinhas” e “Zonas Protegidas”. A região de Setúbal está presente em três categorias: o Parque Natural da Arrábida, nos “Grandes Relevos” (onde estão também a Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico e o Vale G

"Serra-Mãe" premiado em Paris

“Serra-Mãe” foi o nome dado à serra da Arrábida por Sebastião da Gama num poema que integra o seu primeiro livro, também intitulado Serra-Mãe , cuja primeira edição data de 1945. Mas “Serra-Mãe” virou também marca de vinho há alguns anos, a partir da casta “castelão” (periquita), classificado como DOC, engarrafado pela empresa Sivipa – Sociedade Vinícola de Palmela. Assim, a “ Serra-Mãe ” tem andado por longe, por muitas mesas e satisfazendo o gosto de muitos apreciadores. E tem obtido prémios. Como a medalha de ouro que foi agora atribuída ao “Serra-Mãe Reserva” nas Vinalies Internationales 2010, que tiveram lugar em Paris entre 26 de Fevereiro e 2 de Março. Eram 3500 vinhos a concurso, para Portugal vieram 74 medalhas (21 de ouro e 53 de prata). E "Serra-Mãe" assim vai indo mais longe, dando nome também a um produto da região.

José Mattoso e a “ideia para Portugal”, citando Sebastião da Gama

É a segunda personalidade a reflectir sobre uma “ideia para Portugal”, em texto-depoimento que saiu na edição do Público de hoje. Escrito poderoso, sem rodeios, assente na cultura (incluindo o recurso a um poema de Sebastião da Gama), de que transcrevo alguns excertos, alinhados nos subtítulos originais: História e previsão – “(…) Na verdade, não podemos cultivar ilusões. O mundo será sempre o mesmo: com hegemonia americana, europeia ou chinesa, com globalização ou sem ela, com revoluções ou governos estáveis, com guerras ou com a paz, teremos sempre de contar com o sofrimento, a desigualdade social, a luta pela vida, a morte. (…) Se me perguntam o que espero para Portugal nos próximos anos, devolveria a pergunta aos economistas e sociólogos. Sem ilusões, é claro. Em tempos de crise, como a actual, as suas previsões podem traduzir probabilidades, mas também a intenção oculta de influenciar a opinião pública para tranquilizar os investidores, beneficiar o funcionamento normal da máqui

Memórias e testemunhos (2): António Quaresma Rosa

"Não fui seu aluno nem o conheci na sua forma fisica. Fui, no entanto, aluno, a partir dos anos 50 do século passado, de uma plêiade de professores que, na 'Escola da Saboaria', seguiam o seu comportamento e nos souberam transmitir a mística do que viria a ser o Diário . No 'Primeiro de Dezembro' de 1951, na festa tradicional da Escola, na antiga Sala Ferreira de Sousa (actual União Setubalense), os (e as) mais 'prendados' alunos, entre outras coisas, recitavam. De entre as alunas era a Alina Vaz, do Barreiro ou do Montijo (já não sei bem), que mais se destacava. Disse ela (já o tinha feito na semana anterior, na festa de anos do Director - Eng. Athayde de Medeiros, assim mesmo escrito, que era dos Açores) um poema de um ex-professor, que tinha ido para Estremoz, tirado de um livro que se chamava 'Arrábida mãe'... Não, era Serra-Mãi , já antigo... pelo aspecto das folhas tão repassadas, tinha que ser antigo... Alguns meses depois, já no 2º período,

Sebastião da Gama em Pegões

Há uns meses - já para lá de um ano - estive na Escola Básica 2, 3 de Pegões para apresentar Sebastião da Gama aos alunos. Recordo-me que foi uma sessão interessante, com muitos jovens interessados e atentos. Ontem, voltei à mesma escola, mas desta vez para uma sessão de conversa com professores sobre estoutro professor e também poeta que foi Sebastião da Gama. Pareceu-me sentir o encanto da entrada ou da vivência das pessoas no círculo de Sebastião, tão interessadas elas se mostraram pela visão poética que ressalta da sua pedagogia. Falou-se de poesia, de livros, de literatura, de escola, de ensino, da Arrábida, do sentimento posto ou a pôr nas coisas que fazemos. "Era bom que fôssemos professores assim!". "É o que devemos tentar em todos os dias da nossa escola!" Tive de chamar o Diário a terreiro para dizer que tivesse ele sido escrito por um autor estrangeiro e, de certeza, seria objecto de estudo obrigatório na formação de professores, fosse ela inicial ou con

Poema para Sebastião da Gama, por Alexandrina Pereira

Nasceu em cada verso (ainda bem que nasceu!) cada Poema é um hálito de rosas... Hora de paz bendita enquanto a Serra e o Céu matizam a paisagem de uma beleza infinita. E quando o Poeta escreveu: “Quando nasci, não houve nada de novo senão eu.” Foi extrema a sua humildade Tão humilde que nem se apercebeu que no dia em que nasceu uniram-se a Terra e o Céu num abraço de bondade. Alexandrina Pereira [Poema recuperado de um comentário deixado a um postal aqui publicado recentemente.]

Dos associados (2): Artur Vaz

A última obra de Artur Vaz, nosso associado, foi apresentada publicamente no final de Janeiro, no Montijo, biografando um nabantino que, em 1896, quando tinha 10 anos, passou a viver na então Aldegalega do Ribatejo, designação que antecedeu a da cidade do Montijo – falo do livro Álvaro Valente – O homem e a obra (Montijo: Câmara Municipal do Montijo, 2010). Num percurso de quase duas centenas de páginas (em que 70 são preenchidas com anexos, resultantes da pesquisa efectuada por Artur Vaz), a biografia de Álvaro Valente (1886-1965) passa, também documentada em muitas fotografias, delineada em quatro etapas – “O Apóstolo” (traçando o itinerário desta personalidade em termos familiares e como republicano, ligado ao movimento associativo e à corporação de bombeiros), “Soldado da paz” (reconhecendo o seu papel na organização dos bombeiros, quer a nível local, quer nacional, com intervenções públicas sucessivas e aparecendo ligado a três momentos altos da sua história – a criação dos Bombe